domingo, 20 de março de 2016

Bolívia pede cúpula da Unasul no Brasil para defender Dilma e Lula

O presidente  da Bolívia, Evo Morales
O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu neste sábado ao colega Tabaré Vázquez, do Uruguai, país que exerce a presidência temporária da Unasul, que convoque uma reunião de cúpula de emergência no Brasil, para defender a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luis Inácio Lula da Silva.
"Alguns presidentes da América do Sul deveriam fazer uma reunião de emergência da Unasul no Brasil para defender a democracia naquele país, para defender Dilma, para defender a paz, para defender o companheiro Lula e todos os trabalhadores", disse Morales em um ato público."Oxalá o irmão presidente da Unasul, doutor Tabaré Vázquez, nos convoque rapidamente ao Brasil para expressar nossa solidariedade e evitar qualquer golpe do Congresso ou judicial. Este é o nosso grande desejo."
Morales, um aliado de Dilma e Lula, a quem chamou várias vezes, no passado, de irmão mais velho, afirmou ontem que a direita brasileira quer tomar o poder através de um golpe e frustrar uma eventual intenção de Lula de concorrer novamente à presidência.Outros países, como Uruguai, Venezuela e Equador, mostraram publicamente apoio à presidente brasileira, enquanto o secretário-geral da Unasul, o colombiano Ernesto Samper, expressou a Lula solidariedade e afirmou que o ex-presidente é vítima de um "linchamento midiático".
O presidente boliviano também mostrou preocupação com a situação na Venezuela, onde afirmou que os Estados Unidos preparam "um golpe ou uma intervenção militar"."Tenho muito medo. Se houver golpe de Estado, novamente os trabalhadores irão se organizar em guerrilhas, haverá confrontos armados. Quem perde? O povo", disse.
AFP! Yahoo. Notícias

Mujica se diz convencido da inocência de Lula

José Mujica:ex-presidente do Uruguai
O ex-presidente do Uruguai José Mujica (2010-2015) disse estar convencido da inocência do colega Luiz Inácio Lula da Silva das suspeitas de corrupção, e considerou que o brasileiro foi envolvido para "punir uma carta perigosa" no futuro."Lula vem de baixo e tem uma história que o santifica. Não tenho dúvida de que é inocente. Certamente há corrupção no Brasil, como em toda parte, mas acredito que queiram punir a carta perigosa que Lula significa no futuro", disse Mujica em entrevista publicada neste sábado pelo jornal argentino "Clarín".
O ex-presidente pela esquerdista Frente Ampla afirmou que existe no Brasil "uma disputa prematura e um tanto ousada que leva as coisas a termos perigosos"."É uma batalha em que o que vencer estará tão destruído quanto se tivesse perdido", disse o ex-presidente, que viajou a Buenos Aires a convite da Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET).
Mujica se disse mais preocupado "com a imensa maioria, cerca de 200 milhões, que não vão às manifestações", e apontou como maior problema "o desemprego de 8,5%, somado à recessão global que afeta os países emergentes".Consultado sobre o retrocesso nos governos progressistas da região, Mujica comentou que "a direita tem a ver com o que acontece, mas a esquerda comete erros infantis que a direita aproveita muito bem".
AFP /Yahoo. Notícias

Jaques Wagner quer investigação sobre grampos na Presidência


Chefe do gabinete pessoal da presidência da República: Jaques Wagner
Segundo ele, interceptação é ilegal porque ele e o presidente do PT não são alvos de investigaçãoApós a divulgação de escuta telefônica entre o ministro-chefe do gabinete pessoal da presidência da República, Jaques Wagner, e o presidente do PT, Rui Falcão, o ministro, por meio de nota afirmou que a gravação  foi baseada em um grampo ilegal.
O trecho do diálogo foi gravado em 10 de março, dia do pedido de prisão do ex-presidente Lula. Na conversa, eles falam sobre a nomeação de Lula para compor o governo.Segundo Jaques Wagner, a interceptação é ilegal porque ele e o presidente do PT não são alvos de investigação.
O ministro diz ainda que a divulgação do diálogo caracteriza mais um claro desrespeito à Constituição, às liberdades individuais e ao Estado democrático direito. E acrescenta que considera muito estranha a divulgação de gravação de conversas privadas. Ele também diz que jamais defendeu ambiente de conflito e confronto social.
Por fim a nota encerra, dizendo que o ministro vai solicitar investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República, bem como sobre a autorização de divulgação de diálogos privados feitas de forma ilegal.A conversa entre Rui Falcão e o ministro foi gravada por meio de grampo autorizado pela Justiça durante as investigações da operação Lava Jato.Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com a defesa de Rui Falcão e nem com o Partido dos Trabalhadores.
Da Agência Brasil
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Apoio ao impeachment de Dilma sobe para 68% e aumenta rejeição a Lula, diz Datafolha, Pesquisa ainda informa que Lula foi o melhor presidente do país, considerado por 35 % dos entrevistados




Conheça o golpe que o ministro Aragão vai dar na Lava Jato



Foto: Agencia Brasil - Ministro da Justiça Eugênio Aragão
Em entrevista à Folha, novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, estabeleceu: “A PF está sob nossa supervisão. Se eu tiver um cheiro de vazamento, eu troco a equipe. Agora, quero também que, se a equipe disser ‘não fomos nós’, que me traga claros elementos de quem vazou porque aí vou ter de conversar com quem de direito. Não é razoável, com o país num momento de quase conflagração, que os agentes aproveitem esse momento delicado para colocar gasolina na fogueira”.
Em sua entrevista a Veja, o senador Delcídio do Amaral denunciou: o ex-ministro da Justiça , o Cardozão, soube antes da condução coercitiva de Lula. E vazou o depoimento de Delcídio, em delação premiada, para abafar a prisão de Lula na mídia.
Sabem o que vai acontecer?
Mais do mesmo: o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, vai vazar coisas da Lava Jato, vai trocar policiais federais, acusá-los do vazamento, e botar no lugar deles gente de sua confiança.
Esse é o novo golpe contra a Lava Jato. Façam suas apostas…
Claudio Tognolli - Yahoo Notícias

Sérgio Moro, o juiz que faz o Brasil tremer

Foto:i nternet Juiz Sérgio Moro
Herói que tenta livrar o Brasil da praga da corrupção ou golpista que usurpou os poderes constitucionais e desencadeou um violento terremoto político a partir de sua "República de Curitiba": todos os caminhos levam a Sérgio Moro, o juiz a cargo da 'Operação Lava Jato'.Há dois anos, o ousado magistrado de Curitiba ordenava a prisão de um velho conhecido, o doleiro Alberto Youssef, de recheada ficha judicial, que lhe mostraria o caminho para os subterrâneos do poder.
Surgia assim a maior operação anticorrupção que o Brasil já viu e com ela, a fama de Moro, o juiz encarregado de comandar as investigações sobre o bilionário esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.Depois de quase cem condenações e 24 fases da investigação, caíram na rede do magistrado ex-diretores da petroleira e donos das maiores empreiteiras do país. E suas acusações respingaram até no até então intocável ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A frieza quase temerária deste Quixote da Justiça o levou às portas da casa do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em 4 de março, quando ordenou à Polícia Federal que o levasse em condução coercitiva para depor em São Paulo."Eu, sinceramente, tô assustado com a República de Curitiba. Porque a partir de um juiz de primeira instância, tudo pode acontecer neste país", afirmou Lula, em conversa telefônica grampeada e divulgada com autorização do juiz.
'Mãos Limpas'
Moro nasceu há 43 anos na cidade paranaense de Maringá e ali formou-se em direito, tornando-se juiz em 1996. Doutor e professor universitário, completou sua formação na respeitada Universidade de Harvard."É um magistrado tecnicamente preparado, com uma capacidade de trabalho extraordinária e experiência em processos de grande magnitude", contou à AFP Antonio Bochenek, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Fascinado por decifrar os caminhos do dinheiro sujo, o astro da Justiça brasileira sempre se mostrou encantado com a histórica operação 'Mani Pulite' [mãos limpas], que desarticulou uma complexa rede de corrupção na Itália dos anos 1990.Como uma profecia, o juiz esboçou, em um artigo publicado em 2004 a respeito desta operação, a arquitetura do caso que o alçaria à fama dez anos depois, defendendo a estratégia de colaborações premiadas de delatores ou a divulgação de informações à imprensa, uma poderosa arma utilizada na 'Operação Lava Jato' desde o início.
"Moro instituiu a prisão preventiva como regra, enquanto em qualquer país civilizado é a exceção", condenou o advogado Antonio Carlos de Almeida, que defende vários envolvidos no esquema com a Petrobras.O magistrado forjou seu olfato apurado no caso Banestado, no qual foram condenadas 97 pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro. Entre elas, um certo Alberto Youssef.Posteriormente, assessorou uma ministra do Supremo Tribunal Federal no julgamento do 'Mensalão', o primeiro grande escândalo de corrupção a sacudir o PT.
Na lâmina da lei
Casado e pai de dois filhos, este magistrado se tornou o ídolo da maré de críticos ao governo, que o veem como um cavaleiro solitário que luta de peito aberto contra o mar de lama em que se encontra o país.Em uma quebra incomum de sua discrição, o juiz declarou sentir-se "comovido" depois que os mais de três milhões de brasileiros que protestaram no domingo passado declarando apoio ao magistrado.Mas seu último golpe de efeito e o mais arriscado, ainda estava por vir.Ocorreu às 16H19 de 16 de março: apenas duas horas depois de o ex-presidente Lula ser nomeado ministro, o juiz voltou a sacudir o País.

Fonte: Yahoo Noticias
Por Rosa SULLEIRO